O brasileiro adora computador, e na hora de saber das novidades dessa área, eles olham para a Ásia: o que o mercado tem de novo?
O correspondente Roberto Kovalick foi descobrir eletrônicos quase de graça.
Pode procurar no shopping. Qualquer shopping. São as vitrines mais disputadas. Mas atenção na hora de comprar. O sonho de consumo de dez entre dez consumidores está cada vez mais barato. E não para de despencar.
Na Índia, já tem computador de US$ 35. Isso mesmo: em torno de R$ 60. E não falta nada nele, garante o ministro indiano para desenvolvimento humano.
Outras iniciativas semelhantes, como o computador de US$ 100, até hoje não se tornaram realidade. Mas não se deve duvidar da capacidade dos Asiáticos de levar tecnologia para o povo. Muitas empresas daqui descobriram que isso é uma mina de ouro.
A Índia criou o carro mais barato do mundo, que já está nas ruas. E vende celulares tão baratos, com contas tão baixas, que dentro de três anos haverá um aparelho no país para cada indiano.
Mesmo no Japão, onde os preços costumam ser mais altos do que em outros países, computadores estão se tornando pechinchas. O computador mais barato da loja custa 39.800 ienes, mais ou menos R$ 800. Mas se o cliente assinar um serviço de internet, cai para 100 ienes (R$ 2), um computador por um preço simbólico.
O gerente da loja Paulo Shiraiwa, brasileiro, conta que quando começou a trabalhar aqui há 11 anos esses aparelhos eram para milionários. “Os preços caíram muito. Ultimamente fazendo contrato com internet, com moedas se consegue comprar computadores”
Telefones celulares - mesmo modelos mais novos - custam zero. Claro, que o cliente precisa fazer um contrato com a operadora.
Alguns brasileiros, operários em uma fábrica, gravam tudo na câmera HD que acabaram de comprar. Ela foi um pouco mais cara, mas, há alguns anos nunca poderiam comprar algo semelhante.
“O que ganhamos em um dia, nos dá condições de comprar um aparelho de última geração que é lançado quase que diariamente”, explica
As empresas Asiáticas usam novas tecnologias e reduzem as margens de lucro para tentar conquistar um gigantesco mercado: milhões de pessoas no continente que, ao sair da pobreza, também querem ser parte do mundo digital.